sábado, 19 de fevereiro de 2011

Estrutura das Mandalas

A composição das formas e das cores em uma mandala é muito importante, assim como sua forma circular e organizada em torno de um centro. Elas fascinam pela magia de seus movimentos. São símbolos que exprimem as riquezas incontáveis do subconsciente humano.

O poder de cura das mandalas, suas características terapêuticas, sua capacidade de auxiliar na concentração e na meditação e, até alterar estado de consciência, entre outras, deve-se à sua composição. podem ser constituídas de múltiplas formas geométricas, com símbolismos gráficos e cores. A palavra em si significa "ter atingido a ilunimação perfeita  e insuperável". 

A simbologia das bases númericas das mandalas baseia-se na numerologia. A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes no desenho. São as formas geométricas da mandala que criam as vibrações numéricas. As formas estão diretamente ligados à diferentes simbologias e números.

Círculo: Está sempre presente nas mandalas, pois é ele que cria o campo de vibração existente em todas elas. Indo mais além, dá pra se dizer que ele é responsável por criar uma camada de proteção que separa o sagrado do profano, transmitindo a energia hipnotizante para nossos olhos. Além disso, uma mandala pode ser formada por inúmeros círculos. Ele é o símbolo do céu.


Triângulo:  Também bastante comum nas mandalas, está relacionado ao número três e seus derivados. É um símbolo sagrado, pois representa o homem e sua busca espiritual, a concretização com Deus. É interessante que o triângulo esteja sempre com um de seus vértices para cima, apontando para o alto, mostrando a aspiração de busca espiritual.

Quadrado: Indica a vibração do número quatro, que simboliza a matéria, o mundo das ações e realizações físicas, em um plano puramente terrestre. Não há muita espiritualidade no quadrado, mas seu poder está na realização no plano material, pois tem uma boa estrutura alicerçada no O Pentágono e o Pentagrama. São vibrações do número cinco, sempre leves e renovadoras. O pentágono lembra o quinto elemento, o éter. Já o pentagrama ou estrela de cinco pontas tem uma forte ligação simbólica com a magia e alquimia, emanando vibrações de liberdade de ação e pensamento.

Hexágono e Estrela de Seis Pontas: São formas da dupla aspiração espiritual humana, pois o seis é o dobro do três, que simboliza a busca espiritual. O hexágono simboliza a busca, principalmente no ambiente familiar, com seus apegos e desapegos. A estrela de seis pontas ou Estrela de Davi representa a fé aplicada à vida material e a fé transformada numa ligação real com o divino, chamada religação.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

As Rosáceas



A luz é um fenômeno central das rosáceas e um dos segredos do gótico. O vidro dessas janelas de arco e de rosáceas guarda até hoje o seu segredo e, apesar das muitas tentativas, jamais se conseguiu criar um vidro colorido de brilho semelhante. Sabemos de algumas poucas coisas, mas o segredo fundamental permanece oculto, como tantos outros segredos gótico.  No século XIII teriam sido fundidas junto com o vidro das janelas pedras preciosas, a fim de reter nelas mais luz ainda, porque um dos segredos das pedras preciosas, principalmente o diamante, é que deixam a luz penetrar, mas dificilmente a liberam em virtude das suas propriedades específicas de refração. Assim, a luz fica retida na pedra fazendo-a cintilar. Fenômeno análogo é produzido pelas rosáceas; através delas, a luz irrompe quase como através de pedras precisosas, mergulhando o interior da catedral numa luz singularmente mística. Desse modo, as janelas passam a ser as estrelas da catedral e as rosáceas o seu sol. Enquanto símbolo e cópia do sol, as rosáceas representam um nível intermediário entre o sol verdadeiro e os homens. A rosácea filtra para nós o sol, cuja luz dificilmente podemos olhar diretamente, como tampouco podemos suportar a presença de Deus. O Logos que forma o centro de muitas rosáceas é igualmente o intermediário entre nós e a infinitude de Deus.

Enquanto estrelas cintilando acima dos homens na nave da catedral, as rosáceas indicam o caminho, tal como a estrela de Belém havia indicado o caminho aos três magos do Oriente. E elas iluminam o mesmo caminho - em direção ao Cristo, ao Logos. Também a estrela de Davi - a estrela de seis pontas, que une o macrocosmo e o microcosmo - anuncia o nascimento da luz na época do solstício de inverno (no hemisfério norte) portanto, da maior escuridão, de modo semelhante às rosáceas, que anunciavam sua mensagem numa época de trevas.

Trecho do livro: Mandalas - Formas que representam a harmonia do cosmos e a energia divina. Autor: Rüdiger Dahlke

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fevereiro de 2011 (em construção até o fim do mês)








Janeiro de 2011

E o ano de 2011 começou assim... Cheio de azul, rosa, verde, lilás, com uma pitadinha de amarelo!


Cúpula estrellada del cimborrio de la Catedral de Burgos






Mandalas de 2010

Mandala para colorir de verde - Setembro de 2010

Maio de 2010

Abril de 2010

Abril de 2010

Abril de 2010

Mandala do 6º Chakra - Dezembro de 2010




Junho de 2010

Mandala do 5º Chakra - Março de 2010

Mandala do 4º Chakra - Janeiro de 2010

Novembro de 2010

Dezembro de 2010

Março de 2010

Março de 2010

Março de 2010

Abril de 2010

Março de 2010

Março de 2010



Mandala do 3º Chakra - Fevereiro de 2010

Mandalas de 2009

Primeira Mandala - Maio de 2009

Mandala do 4º Chakra - Julho de 2009



Julho de 2009


Mandala do 6º Chakra - Junho de 2009

Mandala para pintar de azul - Julho de 2009

Agosto de 2009

Agosto de 2009

Julho de 2009

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Significado das Cores

Amarelo ou Dourado
Atrai dinheiro e poder. Atrai pessoas alegres para a sua vida, rejuvenesce e traz charme; traz luz para a solução de problemas, ajuda a reter conhecimentos e desenvolver a sabedoria. Devido a sua luminosidade, uma cor insistente, que cansa a vista rapidamente e desperta irritação quando utilizado em grandes áreas ou fixado por muito tempo - é uma cor "nervosa" e agressiva, que salta a vista. Porém, utilizado em áreas mais modestas o amarelo alegra, estimula e desperta a atividade mental facilitando a associação de idéias. É um poderoso ativador mental.

O Amarelo simboliza: criatividade, as idéias, o conhecimento, alegria, juventude e nobreza. .O Dourado simboliza: vibração elevada, vigor , inteligência superior e nobreza.

Transmite calor, luz e descontração. Simbolicamente está associado à prosperidade. É também uma cor energética, ativa que transmite otimismo. Está associada ao Verão.

Algumas correlações:
Sol, luz, riqueza, processos mentais, inteligência, sabedoria, filosofia, comunicação, expansividade.

Sua utilização favorece:
Percepção, clareza nos pensamentos, discernimento, autoconfiança, auto-satisfação, auto-controle, otimismo, alegria, bom humor, sociabilidade.

Em excesso:
Agressividade, irritação, impaciência, tagarelice, pedantismo, irreflexão, insônia.


Azul
A expressão "tudo azul", não é muito vaga nos dias atuais, era utilizada como pergunta ou resposta em cumprimentos bastante informais, significando simplesmente: "tudo bem", "tudo em paz". O azul é assim, simples e desprovido de formalidades; tranquilo e pacífico. É uma cor apreciada por muitas pessoas; dificilmente veremos alguém dizer não gostar do azul. Apesar de ser uma cor fria, um límpido céua azul parece fazer o dia muito mais promissor do que um nebuloso céu acinzentado; é uma questão de associação. O azul contrai e se afasta, por isso é muitas vezes utilizado como cor de proteção e limpeza espiritual.

O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a cor do infinito, das cores é o que mais influi no espiritual, está ligado a divindades e a verdade. Representa a imortalidade, a fidelidade e a justiça. Desenvolve a inteligência, transmite calma e propicia o equilíbrio emocional. Ótimo para meditações. Desaconselhável para quem tem pressão baixa. Harmoniza os ambientes e o espirito trazendo paz e tranqüilidade.

Produz ainda ternura, afetuosidade, paz de espírito e segurança. Reduz o stress e a ansiedade, traz saúde emocional, paz e calma. Promove o entendimento entre as pessoas. Favorece as atividades intelectuais e a meditação.

Simboliza: devoção, fé, aspiração, sinceridade, lealdade, confiança e tranqüilidade.

Algumas correlações:
Paz, elevação espiritual, religiosidade, bondade, caridade, purificação, limpeza, intuição, passividade, o feminino.

Sua utilização favorece:
Paz interior, tranquilidade, calma, equilíbrio, pensamentos elevados, dissipação de temores, restabelecimento.

Em excesso:
Sonolência, desânio, letargia, preguiça, depressão, tristeza.

Índigo
A cor índigo conheciada também como azul-anil é uma cor fria e agradável para se olhar por tempo prolongado. Cor fria, mas pura e profunda. Corresponde à reserva e à introversão. Representa a consciência superior e as profundezas da alma. Simboliza a fidelidade, sendo indicada para concentração melhor na voz e percepção interiores. Uma mistura de azul e violeta, a cor índigo é a cor da dignidade e intuição.

Algumas correlações:
Lealdade, refinamento, transição, espiritualidade, transcendência, profundidade, poder.

Sua utilização favorece:
Intuição, percepção, responsabilidade, disciplina, confiança, devoção, persistência, motivação, superação, ideais elevados, compreensão, harmonia, tolerância, calma, memória, elevação mental.

Em excesso:
Falta de visão, pessimismo, obstrução, desânimo, opressão, insegurança.

Laranja
Além de significar movimento, espontaneidade, gentileza, é uma cor estimulante. A cor laranja é a cor da comunicação, do calor afetivo, da confiança e da segurança. É a cor das pessoas que crêem que tudo é possível. Está relacionanda aos sentimentos e desejos mundanos. Aplicada aos trajes, esta cor favorece, segundo os hindus, a desempenho sexual. Traz sucesso, agilidade mental, atrai boa sorte e prosperidade; desencoraja a preguiça.

Simboliza: encorajamento, estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade, tolerância e prosperidade.

Algumas correlações:
Prazer, saciedade, matéria, assimilação, exteriorização, festividade.

Sua utilização favorece:
Alegria, jovialidade, otimismo, properidade, expansividade, dinamismo.

Em excesso:
Descomprometimento, individualismo, compulsão, ansiedade, culpa.

Lilás/Violeta
Energia de transmutação - elimina negatividade - traz autoconhecimento. Cor da alquimia e da magia. É vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual. A cor violeta e excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental. Ajuda a encontrar novos caminhos para a espiritualidade e a elevar nossa intuição espiritual. Traz poderes mentais. Deve ser usada para combater a insônia.

Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação.

Algumas correlações:
Purificação, limpeza, serenidade, confiança, transmutação, elevação, epiritualidade, mistério, realeza, nobreza, liturgia.

Sua utilização favorece:
Fé, intuição, sensibilidade, bom senso, simpatia, humildade, calma, equilíbrio, coragem, generosidade, despojamento, espiritualização, limpeza espiritual.

 Em excesso:
Austeridade, egocentrismo, pessimismo, dependência, fantasia, depressão, hiperatividade, letargia, pensamentos nebulosos, alienação.

Rosa
Energia angelical - amor nos planos mais elevados (amor incondicional), compaixão, calma. Transmite uma alegria suave e inocente. Energia amorosa em seu estado mais puro. É romance, amor espiritual (sem conotação sexual). Eleva as vibrações e o contato espiritual, afasta energias negativas e promove fraternidade.

Algumas correlações:
Amor, união, bondade, afeto, delicadeza, aconchego, emoções, sentimentos, feminilidade, felicidade, romantismo.

Sua utilização favorece:
Amorosidade, bosn sentimentos, auto-estima, aceitação, amor incondicional.

Em excesso:
Vulnerabilidade emocional, fanatismo, incompreensão.

Verde
Energia do equilíbrio - harmonia, cura física, estabilidade. Cor fria e agradável, remete à natureza e sua generosidade. É a cor da abundância, portanto está relacionada à prosperidade. É a cor mais harmoniosa e calmante de todas. Representa as energias da esperança, perseverança, segurança e satisfação; fertilidade. Facilita a comunicação com as plantas e os devas da natureza. Simboliza: vida nova, energia, fertilidade, crescimento e saúde.

Algumas correlações:
Natureza, vida, renovação, regeneração, esperança, saúde, rejuvenescimento, frescor, viço.

Sua utilização favorece:
Moderação, calma, descanso, confiança e segurança.

Em excesso:
Determina orgulho, superioridade e arrogância. Apatia, trsiteza, avareza, ganância, compulsividade.

Vermelho
Energia física - matéria, trabalho, sexo, dinheiro. Cor da carne e do sangue, o vermelho foi uma das primeiras cores utilizadas pelo homem primitivo. É uma cor quente e estimulante e está intimamente relacionanda à energia vital e aos instintos. O brilho e luminosidade do vermelho atraem olhar. O vermelho destaca e evidencia e não é por acaso que essa cor é largamente utilizada na comunicação visual. Cor alegre, estimula a vista e desperta a vivacidade. Fortalece o corpo e dá mais energia física, força de vontade, conquista, liderança e senso de auto-estima

Algumas correlações:
Vitalidade, vigor, saúde, fertilidade, erotismo, sexualidade, potência sexual, paixão, magnetismo, atração, poder, fama, sucesso, coragem, dinamismo.

Sua utilização favorece:
Excitação, disposição, atividade, descontração.

Em excesso:
Exaltação, violência, agressividade, irritação, raiva, intolerância, impaciência, irreflexão, precipitação temeridade, luxúria.


OUTRAS CORES
Marrom
Energia de bens materiais - dinheiro, terras, imóveis - associado com terra, associa-se a estabilidade, constância, significa responsabilidade e maturidade.  Representa a constância, a disciplina, a uniformidade e a observação das regras. Atrai dinheiro ganho através do trabalho e conecta a pessoa à Mãe Terra.

Usado em excesso traz autocrítica exagerada, dependência afetiva e isolamento. Absorve a negatividade, mas a retém, devendo ser sempre limpo, de alguma forma.

Branco
Energia de paz - ligação com os planos mais altos - pureza, limpeza. remete a paz, sinceridade, pureza, verdade, inocência, calma. A cor branca contém todas as cores e está relacionado à Lua e ao poder transformador. Representa o Amor Divino. Repele energias negativas e eleva as vibrações; equilibra a aura; facilita o contato com os guias espirituais e com os ancestrais; gerencia o equilíbrio interior, proteção, instinto, memória, partos, cuidado de animais domésticos e de crianças, sonhos. Também pode ser usado como coringa, para todos os propósitos, substituto para qualquer cor.

Preto
Permite a auto-análise e a introspecção. Pode significar também dignidade. A cor preta é a cor associada ao poder e ao mistério. Induz a sensação de elegância e sobriedade. Transmite introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial. Absorve, transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas. Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O uso em excesso traz melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo. Por isso, jamais deveria ser usado por pessoas que acabaram de perder um ente querido.

Cinza ou o Prateado
A cor cinza está relacionada à dignidade, auto controle, sabedoria, responsabilidade, organização, introspecção (auto-observação e relatório dos próprios pensamentos, desejos e sensações conscientes).
Dá equilíbrio e estabilidade, por ser o equilíbrio do preto e do branco. Não deve ser usado por quem sofre de memória fraca. É usado para cancelar ou neutralizar encantamentos que não servem mais aos nossos propósitos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

C. G. Jung e as Mandalas

Para Jung a mandala é a porta entre dois planos, o incosciente (mundo interno) e as tarefas exteriores (mundo externo). Mas também é terra e homem. O homem que pode ser projetado no universo e o universo que pode ser projetado no homem.

Para ele cada homem é uma mandala em si. Sua expressão artística em forma circular ajuda a organização e o fortalecimento da psique, além de facilitar o contato com a essência ou o self, nosso centro. É  a mãe de todos os símbolos por seu poder transformador, integrador e harmonizador da psique. A mandala vem facilitar a realização da pessoa como ser cósmico e redescobrir aquilo que ela já é.

Jung considerou a mandala um arquétipo, um padrão associado à representação mitológica do eu. Afirmava que "as mandalas simbolizam um refúgio seguro da reconciliação interior e da totalidade". Reconciliação com a unidade, um encontro indispensável no processo de evolução pessoal e de experiência espiritual.

Para ele as mandalas são vasos ou embarcações na qual nós projetamos nossa psique que retorna a nós como um caminho de restauração. Ele reconheceu que figuras arquetípicas (símbolos universais) de várias culturas podiam ser identificadas nesta expressão espontânea do incosciente.

Na área terapêutica Jung trouxe as mandalas para os consultórios. Ele pintou sua primeira mandala em 1916. Desde então costumava desenhar mandalas todas as manhãs. Seus primeiros desenhos eram somente desenhos circulares e ele não compreendia seus significados. Porém, dois anos depois observou que havia um padrão em suas mandalas e caso estivesse em conflito desenhava uma mandala alterada.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mandalaterapia

A terapia das mandalas proporciona hamonia da mente, ajudam a desbloquear emoções e sentimentos, a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar determinados tipos de energias.

Podemos trabalhar com as mandalas através do colorir, que são as que exporei aqui no blog, mas também através da construção e da vizualização.

Como colorir uma mandala:
  • Pode ser colorida de lápis de cor, giz de cera, pelo computador ou com tinta.
  • Deve ser colorida seguindo uma simetria, ou seja, girando o papel sempre se vê o mesmo desenho e sempre do centro para a periferia. 
  • Não se preocupe com o tempo gasto para terminar a Mandala, às vezes este pode levar dias.

Você encontra livros de mandalas para colorir nas livrarias e na internet  existem várias disponíveis.

Medite com a sua Mandala:

Mandala, em sânscrito, significa círculo. No budismo, os desenhos esféricos com padrões repetidos - símbolos de unidade e totalidade - são usados em estado meditativo. Ela facilita o contato com o coração, o inconsciente e as forças universais.

1. Sozinha, em um local tranquilo, separe folhas de papel em branco, lápiz de cor ou giz de cera.

2. Concentre-se, trace um círculo e comece a esboçar os desenhos - os motivos podem ser abstratos ou figurativos e devem ser criados do centro para a periferia do círculo. Escolhas cores representativas das sensações do momento.

3. A mandala não precisa ser totalmente preenchida. Quando sentir que terminou, obeserve a sua obra. Repare se o círculo o atrai, como os desenhos se afastam ou se aproximam do centro.

4. Concentre-se e imagine que você está mergulhando na mandala. Dirija-se até o centro dela e permaneça enquanto conseguir manter a concentração.

5. Imagine-se saindo do círculo e volte a observar a mandala.

6. Guarde o papel e mentalize-a. Não se preocupe em analisar nada. Aos poucos, é provável que os símbolos e as cores ressurjam em forma de intuições ou de sonhos, trazendo insights significativos.

A medida que vamos desenhando, vamos nos organizando internamente, entrando em contato mais profundo conosco mesmo, o que nos leva a atingir a paz interior. Quando desenhamos uma mandala e essa não parece agradável, recomenda-se a desenhar outra até conseguir um estado de satisfação.

“A contemplação de uma mandala deve trazer paz interior, uma sensação de que a vida voltou a encontrar a sua ordem e o seu significado.”
Carl Jung

Um Caminho de Volta ao Centro

Um ponto é o  verdadeiro centro de um círculo. Ele não tem dimensão e nem lugar e faz parte de uma outra ordem de ser, existe para além do mundo. O ponto simboliza a unidade, a totalidade, a perfeição, sendo por isso também em várias culturas um símbolo de Deus.

O ponto contém tudo em potência e não em estado manifesto. Como a semente e a planta adulta onde podemos reconhecer que no pequeno (semente) já está contido o todo (planta adulta). A lei do mundo é o movimento, a lei do centro é a quietute.

Vivemos no mundo da forma e estamos sempre insatisfeitos,  pois este nos inquieta, nos angustia, nos adoece. Carregamos em algum lugar profundo do nosso ser, um anseio que vem da sensação de que nossa vida pode ser bem mais do que é. Bem mais que trabalhar, pagar as contas, se casar, criar filhos, conquistar bens e consequentemente segurança material.  Há em nós uma sensação de que existe um estado em que podemos viver com mais satisfação e segurança interior. Onde somos capazes de sentimentos profundos, de prazer elevado e de entrega à vida sem medo.
.
Sofremos, nos sentimos perdidos porque nos afastamos do nosso centro, do que verdadeiramente somos. E agora estamos a procura dele, pois só quando encontrarmos é que poderemos nos livrar de toda insatisfação que sentimos. Mas vocês devem estar se perguntando, onde podemos encontrar esse ponto? Na verdade, em parte alguma, porque ele não é uma localização precisa e em toda parte, pois ele é a base de todo nosso ser.

Quando Cristo declara "Ninguém chega ao Pai senão por mim", isso significa que há um só caminho para o céu ou para Deus, e que esse caminho leva, através do único centro da unidade adimensional e atemporal, de volta ao paraíso onde Adão e Eva ainda não sabiam que eram diferentes um do outro, porque na unidade não existe diferenciação.

Ao lado desta sentença do Cristo, há uma outra que a complementa: "Porque em verdade vos digo que o Reino do Céu está dentro de vós". Desse modo, a mandala passa a ser um mapa, não apenas de todo o universo, mas do panorama interior da nossa alma. Não é, portanto, de se admirar que por toda parte surja o mesmo mapa como sinal e símbolo, e que também seja reconhecido, em toda parte, pela essência interior de cada homem. Este símbolo sempre existiu e permanecerá para sempre, pois existe em em todos os níveis. Ele não permite que o elimine da Terra. Seja o que for que façamos à mandala , ela sempre ressurgirá e sempre tornaremos a reconhecê-la, que seja de um revolucionário ou na rosácea de Notre-Dame. 

A vivência da mandala nos ajuda aprender a trabalhar nossos círculos, a fazer com que eles se tornem cada vez menores até que toda a nossa vida gire em torno Dele. É um caminho pessoal que nos leva de volta ao centro.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O Que é uma Mandala?

A palavra "mandala" vem do sânscrito, sendo assim de origem oriental. Na consciência da maioria das pessoas, as mandalas têm efetivamente algo de oriental, porém elas encontram-se igualmente nas raízes de todas as culturas e vivem nas raízes de todo ser humano.

As mandalas estão por toda parte: na arte, escultura, arquitetura.  Ela é passado, presente e futuro. Dos povos primitivos ao homem contemporâneo, a disposição circular sempre foi largamente utilizada em suas construções e agrupamentos.

Nos rituais mágicos não pode faltar o círculo protetor. Nos rituais de cura e iniciações os participantes arranjam-se em círculos ou são colocados dentro deles. As crianças aprendem a brincar de roda e seus primeiros desenhos são tentativas de imitar um círculo. Essa é a disposição do universo e da natureza, que não criam linhas retas; estas, são um produto puramente humano. Usando um pouco de sensibilidade percebemos que temos no círculo algo de sagrado, de místico e de essência incogniscível.

O que todas as mandalas de todos os tempos têm em comum é o ponto central uno, sem existência material.  Toda polaridade é anulada. A mandala é muito mais do que podemos ver. Quando falamos de uma casa, por exemplo, nos referimos de modo geral às suas paredes e teto.  Quando falamos de mandala, estamos interessados, na verdade, no espaço entre as parede, que, no entanto, não se pode construir nem vender; em compensação podemos ficar dentro dele. Só se pode entender da mandala o fato de que o essencial escapa ao entendimento; isso, no entanto, podemos entender! O entendimento está relacionado com a polaridade, com o espaço e o tempo. Onde estes dois deixam de existir, deixa também de existir o entendimento.

O poder de uma mandala está relacionado ao seu padrão de formas, cores e estrutura munérica. Estes elementos têm uma simbologia que se baseia na numerologia, na cromoterapia, assim como o conhecimento que o ser humano já tem em relação à visão e como as formas são percebidas por nossa mente e retina. Cada elemento é responsável por parte das vibrações que um mandala é capaz de emanar na sua totalidade. O poder das mandalas está exatamente naquilo que não podemos alcançar com palavras. Ela é expressão do nosso subconsciente, por isso considerado um símbolo que exprime as riquezas incontáveis do subconsciente humano.